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Empreender também é coisa de mulher cristã?

Empreender também é coisa de mulher cristã?

Para os mais atentos às atuais falas do mundo do trabalho, não tem sido raro ouvir expressões que envolvem terminologias como qualidade, competências, habilidades, inovação, produtividade e empreendedorismo – um termo que tem sido utilizado no âmbito do mercado financeiro, e está relacionado ao “ambiente para criar e manter novos negócios”, segundo relatório do Global Entrepreneurship Monitor – GEM, um projeto internacional que estuda o empreendedorismo em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil (GEM, 2018).

São palavras relacionadas à compreensão de um profissional que não aceita um lugar comum, mas que age em direção à superação de expectativas cujas ideias são rotineiramente questionadas, porque partem do princípio de que é preciso render e/ou produzir mais e mais.

Apesar de serem conceitos neutros, que abarcam a vida humana contemporânea como um todo, é possível perceber que o público masculino tem se comportado de maneira mais ousada nesses quesitos (o que pode ser explicado por uma série de fatores histórico-socio-culturais que não serão pormenorizados nesse momento). Consequentemente, isso quer dizer que as mulheres ainda compõem minoria nessa realidade e, no que diz respeito às cristãs, mais especificamente, não há fuga da regra.

Mas é possível pensar em um contexto diferente? Empreender também é coisa de mulher? E cristã? A melhor resposta está na Palavra de Deus, que em Atos 16:14 apresenta Lídia, uma mulher “temente a Deus” e “vendedora de púrpura”, um dos tecidos mais luxuosos de sua época. Era proprietária de um comércio respeitado, administrava seu próprio negócio e atendia cidadãos influentes da sociedade de Filipos. Está bom para você?

Contudo, perceba que a primeira característica que a identifica é “temente a Deus” – e aqui está o cerne do empreendedorismo da mulher cristã. Porque o fundamento de suas ações empresariais não está naquilo que ela faz, mas, primeiramente, no que ela é.

A empreendedora cristã, no sentido mais genuíno do termo, faz parte de uma classe especial do empresariado, porque reconhece o Senhor como seu mantenedor, submete seus negócios a Ele, é fiel e tem a clara compreensão de que pode criar opções de melhor desempenho em sua atividade profissional, de rendimento de seu produto ou empresa, de ganho, lucro, e de transformação de rotinas de trabalho que gerem mais produtividade, advinda de criatividade, ideias inovadoras e desafiadoras, mas NÃO abre mão da referência divina.

Sobre esse alicerce, pode-se dizer que a resposta à pergunta que dá título a esse texto é SIM! Certamente, empreender também é coisa de mulher cristã. Então, será que hoje não é o dia de pensar nessa possibilidade, levantar, tomar a decisão de realizar um sonho, agir em direção a um empreendimento, pôr em execução ou dar início a uma tarefa que tem sido procrastinada?

A principal sugestão é que busque o Senhor e empreenda sob o temor dEle, afinal Deus quer que você seja feliz!


Soraya Cunha Couto Vital é Pedagoga, letrada, teóloga, mestre em Psicologia e doutora em Educação, com atuação pedagógica e andragógica em diversas empresas e instituições educacionais. Atualmente é Diretora dos Ministérios da Mulher, da Criança e do Adolescente na Associação Sul-Mato-Grossense da Igreja Adventista do Sétimo Dia.